quarta-feira, 8 de julho de 2009

JEOACAZ E JEOAQUIM - A DECADÊNCIA INEVITÁVEL



2 Rs 23.31-33; 2 Cr 36.1-4,


INTRODUÇÃO

Com a morte de Josias, Jeoacaz reina, e infelizmente leva o povo de volta à idolatria. Nessa época, Jeremias foi muito maltratado, porque ele não concordava com a falsa religiosidade. Jeoacaz reinou depois da morte de Josias quando ele fazia guerra contra o Egito. Reinou somente três meses, pois o Egito se apossou de Judá, e ele foi preso, e o rei do Egito colocou seu irmão Eliaquim em seu lugar conforme vemos em 2 Reis 23.34.
A Bíblia nos diz que faraó Neco, para mostrar a sua supremacia sobre Judá, mudou o seu nome para Jeoaquim. Três anos mais tarde o Egito foi derrotado pela Babilônia, e assim, Judá tornou-se um reino vassalo da Babilônia. Para assegurar que Judá seria fiel nos pagamentos dos tributos, Nabucodonosor levou vários príncipes e nobres de Judá como reféns. Nessa leva de reféns, estavam Daniel e seus três companheiros. Aqui, por volta do ano 606 a.C., que marca o início dos 70 anos de Cativeiro. Apesar de todas as sanções, Jeoaquim ousou se rebelar contra a Babilônia. Esse foi o motivo da cidade de Jerusalém ter sido sitiada pelo exército da Babilônia por um período de mais de um ano. Durante esse período, Jeoaquim morreu, e seu filho Joaquim (Jeconias), reinou em seu lugar.

A Segunda leva de cativos
Durante três anos Eliaquim aceitou pagar tributos à Babilônia, mas depois se rebelou. A Babilônia não conseguiu esmagar a rebelião de Eliaquim, mas Joaquim, seu filho, sofreu as consequências. Ele reinou apenas três meses e dez dias quando Jerusalém foi novamente sitiada (597 a.C.).
Nessa época, o profeta Ezequiel e todos os principais homens de Judá foram levados cativos.

A MENSAGEM DA PORTA DO TEMPLO
Jr 7 – 12

A religião ortodoxa do tempo de Jeremias era incrivelmente parecida com o cristianismo dos nossos dias. Temos que analisar este assunto com temor diante de DEUS, pois a realidade contextual que vivemos carece de exercermos discernimento.
Quando você lê o Evangelho de Marcos, no capítulo 9 e os versículos 14 a 28, você vê o episódio daquele garoto que era possuído por um espírito imundo. O versículo 18 diz que aquele espírito maligno apanhava aquele garoto e o lançava por terra, e ele espumava, rilhava os dentes e ia se definhando. O pai disse ao SENHOR JESUS que rogou aos discípulos que o expelissem, e eles nada puderam fazer. Depois de dar uma severa repreensão, pediu que lhe trouxesse o garoto, e o espírito imediatamente o agitou com violência, e, caindo ele por terra, revolvia-se espumando. O versículo 25 diz: “Vendo JESUS que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai deste jovem e nunca mais tornes a ele”. Mais tarde, quando estavam a sós com o SENHOR JESUS, já em casa, os discípulos lhe perguntaram em particular: “Por que não pudemos nós expulsá-lo? Respondeu-lhes: Esta casta não pode sair senão por meio de oração e jejum” – (vv.28,29).
Espiritualmente falando, este episódio nos ensina que precisamos ter uma visão clara da nossa realidade espiritual. Ao lermos esta passagem podemos ver a nossa real condição espiritual. Nesse menino vemos a realidade do mundo em que vivemos e o contraste que pode haver se caminhamos na vida cristã sem discernimento. Nesses discípulos vemos a Igreja do SENHOR JESUS. Precisamos notar que a Igreja hoje não tem o mesmo impacto que ela tinha cem anos atrás. A nossa situação é um testemunho evidente e eloqüente da trágica realidade desse fato. Segundo o nosso texto, podemos ver a Igreja hoje como os discípulos tentando fazer o melhor que ela pode. A Igreja nunca esteve tão ativa como tem estado nesses dias.

Qual era o problema com os discípulos

Os discípulos tentaram tratar do problema antes de compreenderem sua natureza. Nós precisamos considerar essa casta. Talvez não estejamos tão conscientes quanto deveríamos a respeito da verdadeira essência do problema que nos confronta. É um princípio universal, tentar qualquer tipo de tratamento antes de termos primeiro estabelecido um diagnóstico correto do problema. O SENHOR JESUS está dizendo: “não adianta jejuar e orar se vocês não compreendem a natureza das coisas que lhes confrontam”.

Duas perguntas inevitáveis :

1ª. Estamos conscientes da profundidade do problema que nós confrontamos hoje?
2ª. Qual é o problema que está nos confrontando hoje?

Desmistificando esta “casta”

O nosso problema não é apatia. É algo muito mais profundo. É uma total inconsciência do estado em que a Igreja se encontra diante de DEUS.
É uma perda do conceito da autoridade da Palavra de DEUS. É a negação da deidade de DEUS.
O cenário dos capítulos 7 a 12 de Jeremias marcam o início do reinado de Jeoaquim, o qual começou a reinar quando Judá era um estado vassalo do Egito (606 a.C.). Quando a guerra contra a Babilônia parecia inevitável, o povo subitamente tornou-se religioso, mas não piedoso.
Há um texto no capítulo 12 de Jeremias e o versículo 2, que diz assim: “Plantaste-os, e eles deitaram raízes; crescem, dão fruto; têm-te nos lábios, mas longe do coração”. Isto corrobora com Isaías 29.13, que diz: “O SENHOR disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu”. Estes textos nos exortam quanto ao cristianismo de aparência. Como podemos oferecer a DEUS um culto superficial!
Há um princípio governante na Palavra de DEUS que deve reinar em nossa consciência. Este princípio nos ensina que o nosso culto a DEUS deve ser um reflexo da nossa vida de intimidade com Ele.
Vamos atentar para alguns textos onde vemos com clareza a seriedade deste assunto, que nos adverte da possibilidade de adorarmos a DEUS sem conhecê-Lo:
Jo 4.22: “Vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos...”. A verdadeira adoração deve ser baseada no verdadeiro conhecimento de DEUS.
Jo 16.2,3: “Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a DEUS. Isto farão porque não conhecem o Pai, nem a mim...”.
At 17.23: “porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio”. Paulo repreende, muito delicadamente, os atenienses pelo fato de adorarem a DEUS sem conhecê-Lo. Quando falhamos em conhecer a DEUS, cometemos torpezas no culto a DEUS, em nome de DEUS. O SENHOR JESUS nos mostra ainda de maneira inequívoca, a razão do procedimento errado quanto ao culto: o desconhecimento de DEUS. A adoração congregacional é a mais alta expressão do pacto gracioso com Seu povo.

Num dia de festa, o povo reuniu no templo para orar, para DEUS libertá-los da opressão da Babilônia. Os profetas transmitiam palavras de encorajamento, porque era isso que o povo queria ouvir. Esses profetas diziam que enquanto o templo estivesse de pé, DEUS não permitiria que a nação fosse destruída. Jeremias profere uma palavra de esperança, para que eles voltassem para DEUS - Jr 7.5-7:
v. 5: “Mas, se deveras emendardes os vossos caminhos e as vossas obras, se deveras praticardes a justiça, cada um com o seu próximo;
v. 6: “se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal”,
v. 7: “eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde os tempos antigos e para sempre”.
Sabendo que aquele povo não voltaria de todo para DEUS, Jeremias proclama uma palavra que denuncia o pecado do povo, e o julgamento iminente. Veja os pontos da mensagem do profeta:
1º. Um Evangelho vazio - “Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam” - (v. 8).
2º. Vida cristã caracterizada pela hipocrisia e falsidade - “Que é isso? Furtais e matais, cometeis adultério e jurais falsamente, queimais incenso a Baal e andais após outros deuses que não conheceis, e depois vindes, e vos pondes diante de mim nesta casa que se chama pelo meu nome...” – (vv.9-11).
3º. Convicções tortuosas: “e dizeis: Estamos salvos; sim, só para continuardes a praticar estas abominações!” – (v.10).
4º. Depravaram o testemunho do SENHOR – “Será esta casa que se chama pelo meu nome um covil de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o SENHOR...” – (v.11).
5º. O perigo de esquecer a história - Mas ide agora ao meu lugar que estava em Siló, onde, no princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo de Israel - (v.12).
6º. Coração endurecido para corresponder à vontade de DEUS - Agora, pois, visto que fazeis todas estas obras, diz o SENHOR, e eu vos falei, começando de madrugada, e não me ouvistes, chamei-vos, e não me respondestes” - (v.13). Ainda, em Jeremias 26.6, diz: “então, farei que esta casa seja como Siló e farei desta cidade maldição para todas as nações da terra”.
Vejamos o que aconteceu em Siló - 1 Sm 4.10,11,18-21:
v. 10: “Então, pelejaram os filisteus; Israel foi derrotado, e cada um fugiu para a sua tenda; foi grande a derrota, pois foram mortos de Israel trinta mil homens de pé.
v. 11: “Foi tomada a arca de DEUS, e mortos os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias”.
v.18: “Ao fazer ele menção da arca de DEUS, caiu Eli da cadeira para trás, junto ao portão, e quebrou-se-lhe o pescoço, e morreu, porque era já homem velho e pesado; e havia ele julgado a Israel quarenta anos”.
v.19: “Estando sua nora, a mulher de Finéias, grávida, e próximo o parto, ouvindo estas novas, de que a arca de DEUS fora tomada e de que seu sogro e seu marido morreram, encurvou-se e deu à luz; porquanto as dores lhe sobrevieram”.
v.20 “Ao expirar, disseram as mulheres que a assistiam: Não temas, pois tiveste um filho. Ela, porém, não respondeu, nem fez caso disso”.
v.21: “Mas chamou ao menino Icabode, dizendo: Foi-se a glória de Israel. Isto ela disse, porque a arca de DEUS fora tomada e por causa de seu sogro e de seu marido”.
v.22: “E falou mais: Foi-se a glória de Israel, pois foi tomada a arca de DEUS”.
Ao ouvirem isso, os líderes ficaram indignados contra Jeremias, veja: “Tendo Jeremias acabado de falar tudo quanto o SENHOR lhe havia ordenado que dissesse a todo o povo, lançaram mão dele os sacerdotes, os profetas e todo o povo, dizendo: Serás morto. Por que profetizas em nome do SENHOR, dizendo: Será como Siló esta casa, e esta cidade, desolada e sem habitantes? E ajuntou-se todo o povo contra Jeremias, na Casa do SENHOR” - (Jr 26.8,9).


“E foi-se a glória de Israel” – 1 Sm 4.22

Para conhecermos o que é a glória de DEUS precisamos compreender o motivo que está por trás da redenção. A salvação não é segundo o desejo do homem. A salvação não é uma resposta de DEUS a algo existente no homem. A salvação é inteiramente de DEUS. DEUS foi movido por Sua graça, misericórdia e compaixão. O motivo supremo, segundo Paulo, é “para o louvor da glória de Sua graça” (Ef 1.6). Tudo que DEUS fez, Ele fez para a Sua glória. O que é mais impressionante é que DEUS teve o propósito de manifestar essa “glória” em nós e por meio de nós. No versículo 5 do capítulo primeiro da epístola aos Efésios, Paulo diz: “nos predestinou para Ele, para a adoção de filhos, por meio de JESUS CRISTO, segundo o beneplácito de Sua vontade”. Note a preposição “para” nos versículos 5 e 6. No grego, esta é uma preposição primária que designa: “em”, “até”, “para dentro de”, “em direção a”. O conteúdo desta preposição fica claramente exposto na frase: “para o louvor da Sua glória”. Aqui descobrimos que a salvação é uma revelação da glória de DEUS. Então, o que é a glória de DEUS? Glória é a natureza essencial de DEUS; é o que faz de DEUS DEUS. Glória é o termo que descreve DEUS mais do que qualquer outro. O termo glória inclui “beleza”, “majestade”, “resplendor”, “grandeza”, “poder” e “eternidade”. No Antigo Testamento o termo glória é sempre utilizado para comunicar a presença de DEUS. Mas no Novo Testamento, esse termo é expresso com maior clareza. Vejamos alguns textos: No anúncio da encarnação: “Glória a DEUS nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” - (Lc 2.14). É por isso que Paulo diz a Timóteo: “... o evangelho da glória do DEUS...” (1 Tm 1.11). O apóstolo João escreveu acerca do SENHOR JESUS: “E vimos a Sua glória” - (Jo 1.14).
A grande pergunta que faço é: a nossa salvação que Dele temos recebido, nos enche de louvor, de encantamento, de admiração? A salvação é a mais elevada manifestação da glória de DEUS.

DEUS nos fez “agradáveis” em Si mesmo

Aqui encontramos a palavra que expressa essa glória em sua maior intensidade. Veja que DEUS nos fez “agradáveis a si no Amado”. No original vemos que a palavra “agradáveis”, é charitoo. Esta palavra foi dita pelo anjo em Lucas 1.28: “E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Alegra-te, muito favorecida! O SENHOR é contigo”. O significado desta palavra é “altamente favorecido”. O nosso Pai Celeste, em Sua infinita sabedoria, em Seu infinito amor, graça e misericórdia, antes da fundação do mundo, decidiu que eu e você fôssemos “altamente favorecidos”, e que por Sua graça, não somente fôssemos redimidos dos nossos pecados, mas também fôssemos introduzidos na Sua família, como filhos, e ainda, que em nós o Seu Filho JESUS viesse habitar permanentemente em nossas vidas. Paulo diz: “... Aquele que se gloria, glorie-se no SENHOR” (1 Co 1.31).
Quero tocar um ponto com você aqui sobre esse assunto. Acredito que precisamos ver de forma mais microscópica essa situação, porque ela nos envolve hoje. Temos que entender que estamos diante de um problema delicado do ponto de vista espiritual.
Apocalipse 3.3 nos diz: “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti”. Você percebe aqui todas as advertências do SENHOR?
Lembra-te - estar atento a, manter na memória, guardar na mente. Recebido - Para compreendermos este termo, temos que ver seu contexto, pois ele é formado por uma conjunção coordenativa que indica “como” que denota um valor circunstancial, isto é, você não pode menosprezar o que tem recebido!
Ouvido - considerar o que está ou tem sido dito; sentido do que é dito.
Guarda-o - Conservar; manter em bom estado, sem depreciamento; sem alterações.
arrepende-te - É a completa convicção de nossa pecaminosidade, culpabilidade e incapacidade.
Vigiares – Dar estrita atenção.

Ainda precisamos ver dois pontos neste texto:

Primeiro, observe o jogo de palavras que está sendo empregado neste texto. Esse jogo de palavras é formado pelos pares, veja: “lembra-te” e “recebido” – À medida que mantemos vivo em nossa memória aquilo que temos recebido, não iremos menosprezar, e isto traz significado e valor ao depósito divino. “ouvido” e “guarda-o” – Se consideramos o que tem sido dito, naturalmente iremos guardar. “arrepende-te” e “vigiares” – Sabendo da nossa completa pecaminosidade, culpabilidade e incapacidade, seremos cuidadosos, dando a devida atenção a tudo que está ocorrendo. Manteremos nossos olhos mais abertos. Segundo, atente para o vocábulo nesse texto - “guarda”. No grego essa expressão é tereo, que significa: “conservar”, “guardar”. Esse é um vocábulo que ocorre sessenta e sete vezes em todo Novo Testamento. Aqui em Apocalipse ele ocorre dez vezes. Vamos atentar para duas de suas ocorrências:
Ap 16.15: “Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha”.
Ap 22.7: “Eis que venho sem demora. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro”.


GUARDAR O BOM DEPÓSITO

Se você ler as duas Cartas que Paulo enviou para Timóteo, você verá que Paulo exorta Timóteo quanto à importância de guardar aquilo que ele havia recebido:
1 Tm 6.20: “E tu, ó Timóteo, guarda o que te foi confiado...”.
2 Tm 1.14: “guardar o bom depósito”.
É interessante que o vocábulo que Paulo usa aqui é phulasso, que significa: “manter vigília”, “manter o olhar sobre algo para não deixar escapar”. O SENHOR JESUS está dizendo para os irmãos em Sardes que aquilo que eles receberam, ouviram, eles deviam guardar. A censura do SENHOR JESUS a Sardes é porque eles não guardaram o depósito espiritual.
O termo “depósito”; no grego temos o vocábulo parakatatheke, que significa: “algo valioso confiado aos cuidados de alguém”. Espiritualmente falando significa a “pura doutrina do Evangelho que devemos manter firmes e fielmente”. O Evangelho é a “sã doutrina” que o apóstolo Paulo fala nessas epístolas denominadas pastorais – (1 Tm 1.10; 2 Tm 4.3; Tt 2.1). Os estudiosos definiram a “sã doutrina” em oito alicerces, os quais são:
1º. A Trindade - O ensinamento acerca do DEUS-Triúno;
2º. A Encarnação do Verbo de DEUS;
3º. A Expiação, ou a Propiciação;
4º. A verdade da Justificação pela Fé;
5º. A Ressurreição de CRISTO;
6º. A obra e a pessoa do ESPÍRITO SANTO;
7º. A doutrina do Corpo de CRISTO - o que é a Igreja como organismo vivo para a expressão da vida, da obra e da pessoa de CRISTO;
8º. A Segunda vinda do SENHOR – a Parousia, com uma abrangência também em relação ao supremo propósito de DEUS.

Vamos atentar para mais uma palavra usada por Paulo, que é “mediante” – No original grego é a preposição primária dia, que significa: “através de”, “por meio de”, “por causa de”; “o motivo ou razão pela qual algo é feito”. O apóstolo Paulo está dizendo é que devemos “guardar o bom depósito por causa e por meio do ESPÍRITO SANTO que habita em nós”. Isso nos leva a dois princípios: primeiro: Aqui podemos ver que de nós e por nós, é impossível guardar esse grande depósito, mas o ESPÍRITO SANTO que habita em nós, ajuda-nos a guardá-lo. Segundo, por causa do ESPÍRITO que habita em nós, precisamos guardar esse grande depósito. Não podemos ser levianos com relação a esse bom depósito.
Vamos para Filemon 1.4-6, para ver ali uma expressão de Paulo que tem haver com isto, e para comentar essa frase: “… o que Deus nos concedeu”. Esse é o depósito, essa é a realidade espiritual que o SENHOR deu à Igreja, e que os irmãos têm recebido ao receber ao SENHOR.
Paulo estava intercedendo por Filemom, e nessa oração podemos ver três pontos fundamentais:
1º. Para que a fé de Filemom fosse eficaz, ou seja, produzisse um efeito prático na sua vida cristã.
2º. Mas em seguida nos diz qual é o segredo da eficácia da participação da fé. Então diz: “… eficaz no conhecimento de todo o bem que está em vós por CRISTO JESUS”.
3º. Na medida em que vamos conhecendo e experimentando pela fé que Cristo está em nós, a participação da nossa fé vai ser mais eficaz.

O QUE DEUS TEM NOS CONCEDIDO?

Vamos a 1 Coríntios 2.12 - O ESPÍRITO SANTO nos foi dado “para que saibamos o que DEUS nos tem concedido”. Vejamos quantas coisas riquíssimas estão debaixo desta frase:
ü O próprio DEUS;
ü A natureza divina, a realização humana no SENHOR JESUS;
ü A liberdade por meio da cruz;
ü A nova vida por meio da ressurreição.

Esta provisão você terá que abri-la, conhecer todo o bem que está em nós por Cristo. Terá que ver tudo o que isso implica em nossa vida cristã. Então, entendemos que este bom depósito que DEUS derramou em nós por CRISTO JESUS nosso SENHOR, é todo o conteúdo divino que reside em nós, para que, como disse Pedro, estejamos “sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” – (1 Pd 3.15).

Vamos entender nossa própria realidade

Existem duas palavras que precisamos estudar para entender nossa própria situação. A primeira delas é “avivamento” e a segunda é “aviltamento”.
O que é avivamento? Avivamento é a expansão do coração, o que em geral começa com senso mais profundo do poder e da autoridade de DEUS na pregação da mensagem Bíblica. Avivamento é algo para DEUS e não para a Igreja. Quando pensamos em avivamento, sempre pensamos em algumas experiências fantásticas que poderão ocorrer conosco. Naturalmente, essas experiências ocorrem, mas elas não são o foco do avivamento e sim o próprio DEUS. Já a palavra “aviltamento” significa: vileza, desonra, ignomínia, descrédito, vergonha. A maioria dos “avivamentos” que existem por ai não passa de aviltamento; a verdadeira vergonha de um pseudo-evangelho, uma pseudo-salvação. Verdadeira infâmia contra a santidade de nosso DEUS maravilhoso.